segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Giorno di Neve




Ontem foi dia de neve! =D

Na noite anterior, sexta-feira, estava eu na minha cama assistindo Naruto quando olho pela janela e vejo coisas brancas caindo do céu. Teria sido a primeira vez que eu via neve se não fosse a "quase neve" que caiu na quarta. Eu tava indo pra a casa de Simon, já que ele ia na quinta pra Suécia, quando senti umas gotas de chuva estranhas caindo na minha cara. Eram exatamente mini estrelinhas de gelo, "fofinhas" demais pra serem reais. Foi engraçaco as pessoas na rua olhando pra cima tipo "what the hell?". Ninguém esperava que começasse a nevar naquele dia. Parei pra comer Kebab e pela janela vi a neve caindo pela primeira vez.
Mas na sexta foi que nevou de verdade. Abri a janela e vi a rua toda branca, os carros todos cobertos com uma camada de gelo. E nevou boa parte da noite, então claro que quando acordei no sábado fui passear pra ver a cidade branca ^^
Afinal, a primeira vez só acontece uma vez.


(minha rua)



(o rio)








Depois de passear, fui na Academia ver como estavam as coisas. Encontrei com Joe e descobri que mudaram todo mundo de estúdio (que raiva! ¬¬)
Meu estúdio era ótimo, iluminado, e meu novo lugar é horrível. Mas coincidentemente mudaram Scott e Simon pra meu mesmo estúdio. Mas colocaram quase todos na turma da manhã e só somos 6 antigos na turma da tarde, inclusive eu =/
Mas de qualquer forma to ansioso pra conhecer os novos alunos e ver como vão ser as coisas. Mas isso só ano que vem!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

L'inizio





Enfim... estou aqui.
Certo, três meses já se passaram desde que cheguei aqui (3 meses! o.0), e apesar da constatação eufórica e perturbadora de como o tempo passa rápido, implicando que por um lado se deve aproveitar cada momento vivido ao máximo e, por outro, que o tempo que separa os entes amados pode ser não tão significativamente marcante assim, isso não vem ao caso.
O fato é que só recentemente comecei a sentir que, de fato, estou vivendo aqui. Não que tudo isso aqui ainda não pareça "a fantasy world" (vou explicar), mas recentemente e aos poucos to me sentindo mais presente na realidade local, e isso, ainda que pareça sem sentindo para os leitores do outro lado do Atlântico, pode ser o resultado de toda uma vida de aprendizados, tristezas e alegrias vivida... em três meses.

Aviso: post sentimental e longo.

Andei me perguntando se eu estava preparado pra tudo o que viria nessa nova empreitada louca do *,  mas desde que cheguei percebi que eu nunca estaria pronto. E ninguém nunca está pronto pra tudo o que a vida traz, ainda mais se essa pessoa decidir deixar a melhor época da sua vida pra traz e se mudar pra outro país. O fato é que as coisas acontecem de tal forma "bisonha" por aqui, que tudo parece meio que fora da realidade (ao menos da minha), e não sendo o foco no pensamento "to seguindo um objetivo" e, principalmente, a indispensável presença virtual e 'telefonética' de alguns dos seres mais amados do mundo (meus amigos), não sei o que seria de mim.

Após passadas a euforia e as surpresas iniciais, um certo costume com o novo foi sendo criado. Mas nem sempre costume quer dizer familiaridade. Veio o costume de ficar só, depois o de conhecer as novas pessoas ao redor, depois o costume de se identificar mais com algumas delas, de conviver com elas, de conversar sobre o passado ou sobre as mais aleatórias coisas possíveis, de pensar em outra língua, e de sentir falta até da parede do velho quarto. Mas uma coisa nunca será costumeira; a saudade.

Sinto saudades de muito.

Mas a maior saudade de todas talvez seja a da identificação. A do sentimento de pertencer a algum lugar ou a certas pessoas. De pertencer à realidade vivida por todos a sua volta, viver as mesmas jornadas diárias, ter as mesmas conversas, ouvir as mesmas músicas (ou não), as vezes até ter as mesmas frustrações e alegrias, e de se identificar com as vidas que passam ao seu lado pela calçada. De estar acostumado a tudo aquilo que lhe rodeia, não fazendo parecer que tudo o que vivemos aqui, como Scott sempre diz, "seems like a fantasy world".

Pelo infortúnio das não-tão-esperadas diferenças e pela falta daquilo e daqueles que me fazem sentir parte de algo, as portas se abriram pra a solidão. E a insegurança veio junto.
Insegurança fdp que me fez voltar aos anos de adolescência quando tudo era tão forte e de tão importância que as mais sutis palavras, gestos ou indiferenças podiam significar um interlúdio para uma catástrofe sentimental. Ou seja, a insegurança faz achar que nada você é, e que ninguém ao seu redor se importa.
Além de tudo, as expectativas podem ser demais em certos momentos. A incerteza do futuro e a incerteza do  caminho certo podem ser um poço sem fundo ao seu redor quando se já está caindo.
Pois é, eu passei pela "crise dos três meses".

Foi ruim, cruel, triste, e parte do que é preciso pra aprender. Mas no fim de tudo, quando se supera os obstáculos, é como se sua força fosse dobrada. Acho que isso também se chama amadurecimento.
Mas esse crescimento é muito menos doloroso quando se tem alicerces confiáveis. Tive certeza que a distância, embora capaz de separar, não é capaz de destruir tudo que foi construído.
Obrigado a Tina, Filipe, Manuca e Alice, por terem me permitido encher o saco e por me fazerem enxergar tantas coisas quando eu fico meio cego.
Segui também os conselhos de Alanis Morissette ("So Unsexy"), e aos poucos fui voltando a mim mesmo. Acho que o sentimento de saudade e de insegurança (que vem às vezes), nunca irão embora, mas se tem uma coisa que eu aprendi com todos os meus "alicerces", especialmente minha família, foi a enxergar as alegrias da vida nas mais pequenas coisas, nas rotinas do dia-a-dia, nos pequenos momentos que nos fazem sentir vivos.

Sejam eles momentos de simples companhia ou presença...


(Simon)

(Tanvi)

(Max)

(Semay)

(Jordi e Teresa)

...de papos furados à meia noite na escadaria da igreja...


(Patrick, Simon, Nigel, Scott)

...de fazer algo juntos pelo simples prazer de se divertir e ter algo pra ser lembrado depois, o que nos faz lembrar que as amizades podem ser feitas das mais simples coisas...


(a gente "pintando um quadro" pra passar o tempo)

(o "resultado")

...de ver o pôr do sol às margens do rio, falando sobre a vida e bebendo cerveja num frio de 4 graus...






...de fazer aquilo que gosta...


(ajeitando o background)

...ou mesmo de deixar uma fase pra trás e se preparar pra uma nova que está por vir...

(esvaziando o estúdio...)



Entre tantas pequenas coisas podemos ver que aquilo que nos deixa vivos não precisa ser extraordinário, mas basta apenas nos fazer seguir em frente, e que a felicidade, no fim das contas, não é tão difícil assim de ser alcançada.



Enfim... eu passei pela crise dos três meses ;]

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Appignano




To tentando não abandonar o blog, mas dá uma preguiiiça de atualizar... To aproveitando que hoje é quinta e cheguei em casa (um pouco) mais cedo, já que a "aula" de "evening drawing" hoje não é aula, é livre, e sem professores.
Todo dia tenho a mesma rotina de acordar às 7h (ou tentar), congelar no banho, perceber que to atrasado, sair de casa correndo e ir pra a Academia. Claro que todo dia é diferente lá, mas as atividades são basicamente as mesmas. No intuito de sair um pouco da rotina e começar a ver outras partes da Itália, Scott me chamou pra passar o fim de semana com ele na casa dos amigos em Appignano, uma... um... ér... sei lá, uma coisa, perto da cidade de Ancona, no meio-leste. Como já disse antes, Scott é americano, e alguns desses amigos italianos fizeram intercâmbio na casa dele, em Chicago.


Setas: Florença, Bologna, Ancona

Na sexta arrumei minhas coisas e fui pra a aula de manhã. Não tava lá muito empolgado pra desenhar uma "bargue" nova, então passei boa parte do dia nesse estado:



E Patrick (meu... studiomate?) nem foi de manhã, então nem podia conversar. Na hora do almoço, fomos eu e Scott pra a estação pegar o trem. Fiz papel de idiota na hora de comprar o bilhete na maquininha self-service, claro, mas a viagem foi bem tranquila. Não tinha ninguém pra buscar a gente em Ancona, então tivemos que pegar um ônibus pra Macerata, que é a cidadezinha perto de Appignano, e pegaram a gente lá e fomos pra a casa de Gianma (Gian Maria) e Luca, amigos de Scott.
Logo na sexta os pais deles levaram a gente pra um restaurante. Pense que eu comi. Comi tanto que tentaram me empurrar uns doces italianos guela abaixo, mas não coube. Italiano tem mania de 'primo piatto e seccondo piatto'. Eu disse a Luca "pede o que tu achar bom pra mim", e eis que meu primo piatto foi uma pizza inteira, só pra mim. Depois da salada de frango, não conseguia nem respirar.
Mas assim começou o fim de semana no campo italiano. Os pais de Gianma e Luca não falam nada de inglês, então foi só italiano o fds todo. Foi ótimo pra praticar e aprender um pouquinho, pq aqui em Florença só falamos inglês =P. Mas o melhor foi poder descansar da cidade grande, e ver alguma paisagem, pra variar.








O clima me lembrou um pouco de Aldeia, e também foi bom pra matar um pouco a saudade.
Conheci os amigos deles, e fomos pra um bar. Não tava com minha câmera o tempo todo, então nem tenho fotos pra mostrar. Os amigos se juntaram em uns 20 e alugaram uma casa velha (a Casa Vecchia), numa fazenda velha, pra fazerem festas (comofás?), e então fomos lá algumas vezes. Deu uma super vontade de fazer algo assim em Aldeia com a galhere. Diga aí, uma casa em Aldeia só pra festa? hahihahi
Mas na maior parte do tempo só relaxamos e fizemos um monte de nada.


Luca no pc, Scott no videogame e eu no livro
 (notem o título: 'devoradores de mortos' huahuahua, não é Robson Crusoé, viu Manuca?)


Andei pelo campo, claro, e Skizo, o cachorro da casa, foi me seguindo. Sentei na beira do lago e fiquei lá pensando na vida (literalmente), enquanto Skizo brincava na água. Saudades de Kitt! E da gorda também... =/











As refeições eram as melhores. Tivemos um jantar no sábado à noite pra os amigos dos pais deles. Além de comer LITROS de novo, ainda elogiaram meu italiano. hoho. A gente se esforçou pra falar, eu e Scott, mas não foi lá essas coisas não =P

No domingo tivemos um almoço na casa dos tios. "Comi feito um porco!" (cadê André Filipe?) Ainda dei umas voltas pelo jardim. E tava frio, ví?



Nos despedimos da família à noite e fomos ainda fomos pra um pub. Saímos de Appignano à meia-noite e fomos pra Ancona com Gianma. Tive enjôo até segunda à tarde. Motoristas italianos... ¬¬


Família Ricci e Scott

Acordamos cedo pra pegar o trem, e na volta fizemos conexão em Bologna.



S- Hey, do you wanna go outside the station? You can take some pictures.
R- Yeah, and I can say 'I've been in Bologna!!!' =D !

hauhuahuahuaa Só pra fazer o caô, num vi nada da cidade ;P


Bologna


No mais, foi legal! Às vezes fiquei meio na minha e entediado, já que não era amigo dos amigos de Scott e, bem, italianos não são brasileiros. Mas pude ver mais um pouco mais da Itália, e vi pela primeira vez o mar Adriático. Tudo bem, foi de dentro do trem, mas pelo menos eu vi, neh?

Na segunda já voltamos pra a Academia na correria e começamos a próxima "long pose". A gente vai fazer um desenho grande de um modelo, em carvão, por algumas semanas. E o modelo é podre. Muito ruim! O cara não para de se mexer! Inferno! E hoje ele nem foi! Disse que tava doente ¬¬
Pelo menos foi bom! A gente teve uma aula extra sobre rostos, e o outro Scott (o escocês) pousou pra o resto da turma desenhar o rosto dele.

Mas vou parar por aqui antes que fique mais longo do que já ta.

Baci e abbracci a tutti! =*



sábado, 17 de outubro de 2009

La Accademia




Meu estúdio =]


Ok, eu mal criei o blog e ele já ta abandonado. Fiquei três semanas sem atualizar, mas foi justamente pelo motivo que escrevo: A Academia. Bem que me disseram pra aproveitar o tempo antes das aulas começarem, por que depois não teria mais tempo pra nada. E essa é a verdade =P


Mas enfim, as aulas começaram! Todo o anseio se concentrou naquela manhã (na qual eu descobri que levo meia hora pra chegar lá e teria que acordar mais cedo pra chegar na hora), mas fui eu tranquilo e feliz cruzar metade da cidade pra chegar no estúdio. A Academia tem 4 estúdios espalhados pela cidade pra os diferentes anos de desenho, pintura e escultura, e no primeiro dia de aula fomos todos os novos alunos pra o estúdio na Via delle Casine, que é pra o primeiro ano de desenho. Apesar da tensão, tudo me pareceu mais natural do que eu imaginaria, e as coisas estão se mostrando assim com o tempo =] Como se, de fato, tudo estivesse sendo como deveria ser.
Cheguei lá em cima da hora, claro, e todos já estavam lá. Daniel Graves, fundador e diretor, apresentou os professores e falou sobre a Academia e essas coisas de boas-vindas. Tivemos todos que nos apresentar, e a gente teve uma primeira aula básica de desenho, materiais e os métodos da academia, e à tarde fomos pra a melhor loja de materiais artísticos da cidade pra comprar as coisas que precisaríamos.
Somos uns 25 novos alunos, de infinitos países diferentes. A turma foi dividida em duas, por que não cabe todo mundo nos estúdios ao mesmo tempo, e então a minha metade fica nos estúdios particulares de manhã, e na sala dos modelos à tarde. Isso quer dizer fazer cópias idênticas (cês num tão entendendo. IDÊNTICAS ¬¬) de figuras, esculturas e etc pela manhã e desenhar modelos vivos à tarde.
E na primeira semana semana foi tudo lindo e maravilhoso até que na segunda começaram as aulas à noite. MÉODÉOS. Tudo o que eu quero no fim do dia é comer e dormir até o fim do século.
À noite a gente têm, de acordo com o dia, Anatomia, evening drawing (com luz artificial no(a) modelo) e história da arte.

Mas deixando de lado a parte explicativa da coisa, ta tudo indo bem. Não sei bem o que esperava encontrar aqui, e ainda não faço idéia do tanto que vou aprender, mas, como se tudo tivesse um sentindo definido, sinto as coisas acontecerem naturalmente, e, apesar de toda a saudade, vou começando a me sentir em casa por lá...
É estranho e engraçado como um choque de tantas culturas diferentes "forçadas" a um convívio diário pode criar um ambiente curioso. Eu acho interessante observar como os laços começam a surgir entre a galhere, e, principalmente, entre quem (hohoho). Uns são frios, outros são "brasileiros", e por aí a gente vai. Entre intervalos de almoço, críticas mútuas aos desenhos e conversas entre as pausas do(a) modelo, depois de uma semana já estávamos bebendo o vinho nosso de cada dia juntos =] Inclusive a academia fez uma Wellcome Pizza Party de boas-vindas pra a gente!
E toda sexta tem vinho e batatinhas pra todos durante (reflitam) a aula de história da arte (comofás?)
E ontem um professor tava rindo da minha cara pq eu fiz uma ligeira pequena montanha de batatinha no meu pratinho (tava com fome ué ¬¬)

Mas com cansativos dias de desenhar 978 horas por dia, os quais vão fazer meu braço cair qualquer dia desses (juro), vi que não há nada melhor do que fazer aquilo que você gosta. Mas como consequência não penso em outras coisas a não ser proportions, straight lines e values (oiq?). 
Mas a vida é feliz assim =]




Wellcome Pizza Party


Model Room















Model Room



Minha primeira "bargue"



Um esboço de um modelo (ta bizarro, os braços tao desproporcionais, mas é só um esboço! a pedidos ¬¬)

sábado, 26 de setembro de 2009

Pulizia






O dia da faxina.

Ontem me mudei pra meu quarto definitivo. Tava no último quarto da casa, mais sabia que não ficaria lá, por que estava vindo uma outra ragazza pra ocupá-lo, e nem me dei ao trabalho de desfazer a mala.
Depois de dois chegou Serhat, meu roommate, vindo da Turquia pra estudar engenharia mecânica (oi?) na universidade de Florença. Ontem Carlos liga (tava em Veneza) dizendo que a gente precisa mudar pra o (agora antigo) quarto de Francisco e Juliette, que a girl ia chegar de tarde. Blz, vamos lá. Fomos ver o quarto...

MÉODÉOS.
Ok, não era só o fato de que nossos pés ficavam pretos se andássemos descalços, mas tinha dois metros de poeira em cima de cada prateleira ou cômoda, objetos mais variados perdidos por todos os lados, casacos abandonados no mundo de Nárnia dentro do guarda-roupa e lençóis que deviam ta guardados desde a construção da cidade.
Enfim que depois de algumas horas limpando tudo nos mudamos e to super feliz com meu (e de Serhat) quartinho. Mas como tenho meu espírito de 'êra', não me dei por satisfeito. A área de serviço tava um buraco negro da poeira. Pois eis que fiquei até 1:00 da manhã lavando a área e a cozinha. Mas valeu a pena. E ainda ganhei elogios hoje.
Juliette ia sair da casa ontem, mas alguma coisa deu errado e ela teve que dormir aqui. Só que... a gente já tinha ocupado o quarto dela. a bixinha dormiu no sofá. Francisco e Carlos voltaram de Veneza hoje (pq Francisco e Juliette vão voltar pra venezuela amanhã), e entre cafés da manhã, lavanderias, almoços, descidas pra levar o lixo, lavadas de banheiro e problemas com a internet, a vida da casa vai se tornando mais familiar.

O convívio aqui é pacífico, mesmo com 6 línguas diferentes na casa, e quando olho pela janela dá uma estranha sensação de Brasil. Como se, de fato, eu estivesse em casa. Não digo que é a mesma coisa, nem mesmo parecido com a nossa própria casa (saudades de aldeia), mas no fim, me sinto confortável. penso que poderia ser bem pior, e a maneira como tudo se encaminha tranquilamente dá uma sensação de conforto.
Como se, como muitos disseram, tudo devesse sair bem, que o que era pra ser, seria.

Que Deus continue ouvindo essas predições. =]